domingo, 26 de fevereiro de 2012

Oscars 2012: previsões

MELHOR FILME: «O Artista» (O Artista);

MELHOR REALIZAÇÃO: Michel Hanazavicius («O Artista»)

MELHOR ACTOR: Jean Dujardin («O Artista») [ou Clooney...mas neste momento aposto mais em Dujardin];

MELHOR ACTRIZ: Viola Davis («As Serviçais») 
[é das poucas categorias em que tenho algumas dúvidas entre Davis e Streep - mas por mim Michelle Williams levava a estatueta]

MELHOR ACTOR SECUNDÁRIO: Christopher Plummer («Assim é o Amor»);

MELHOR ACTRIZ SECUNDÁRIA: Octavia Spencer («As Serviçais»).

MELHOR FILME DE ANIMAÇÃO»:«Rango».

MELHOR ARGUMENTO ORIGINAL: «Meia-Noite em Paris»;

MELHOR ARGUMENTO ADAPTADO: «Os Descendentes»;

MELHOR FILME EM LÍNGUA NÃO-INGLESA: «Uma Separação» (Irão);

MELHOR DIRECÇÃO ARTÍSTICA: «A Invenção de Hugo»;

MELHOR FOTOGRAFIA: «A Árvore da Vida»;

MELHOR MONTAGEM: «O Artista»;

MELHOR BANDA SONORA: «O Artista»;

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL: «Os Marretas»: "Man or Muppet";

MELHOR GUARDA-ROUPA: «W.E.» (ou O Artista)

MELHOR CARACTERIZAÇÃO: «A Dama de Ferro».

MELHOR MISTURA DE SOM:«A Invenção de Hugo»; 

MELHOR MONTAGEM DE SOM: «A Invenção de Hugo»;

MELHORES EFEITOS VISUAIS:
«A Invenção de Hugo»;

MELHOR DOCUMENTÁRIO: «Paradise Lost 3: Purgatory»; 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Dentro dos limites legais

Este filme peca, a meu ver, do mesmo mal que a expressão facial da sua personagem principal: aquela impassividade que por vezes resulta da velocidade de cruzeiro.

Nele não há curvas nem ultrapassagens à vista mesmo quando tal podia suceder e é almejado pela sua protagonista.

Talvez esse tenha sido o objetivo da realizadora como reflexo do encobrimento emocional (e físico) que a sua heroína vive; simplesmente faltou, a meu ver, aquele "rasgo" e chama latente que lhe poderia conferir algum momento de potencial catarse e de auto-descoberta de identidade [que é disso que aqui falamos].

O que ficou? Uma boa performance de Glenn Close.
Albert Nobbs -

The Actor Lady

Mais do que um filme sobre Thatcher, The Iron Lady (A Dama de Ferro) resulta, como seria de esperar, em mais uma grande performance de Meryl Streep.

E é essencial e exclusivamente por esse facto que será lembrado - porquanto demasiadamente politicamente correto no que à análise do personagem respeita e com uma realização e abordagem que deixa muito a desejar...

Como filme é francamente mediano - sendo inclusivamente as cenas passadas entre a protagonista e o seu [defunto] marido quase anedóticas e portanto, totalmente dispensáveis.
Esqueça-se o filme, fica uma grande performance.

Scorsese versão Disney?

Hugo é um filme tecnicamente arrebatador, com uma componente visual notável e muito bem realizado mas, infelizmente, pouco mais que isso.

Os personagens são encarados numa perspetiva quase infantil e os atores que lhes dão vida idem, sendo inclusivamente as suas performances muito limitadas e pouco convincentes - onde destaco pela negativa um fraquissimo ator-protagonista.

Mesmo o argumento - que poderia ser mágico e empolgante porque trata uma homenagem à memória do cinema - resulta pouco explorado e aquém do que se esperava do génio-scorsese, um dos seus maiores.

Ficamos, portanto, com um filme que se vê bastante bem e espantosamente agradável à vista mas ao qual falta substância e profundidade.

 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

domingo, 12 de fevereiro de 2012

One moment in time... Whitney, RIP

Each day I live
I want to be
A day to give
The best of me
I'm only one
But not alone
My finest day
Is yet unknown

I broke my heart
Fought every gain
To taste the sweet
I face the pain
I rise and fall
Yet through it all
This much remains

I want one moment in time
When I'm more than I thought I could be
When all of my dreams are a heartbeat away
And the answers are all up to me
Give me one moment in time
When I'm racing with destiny
Then in that one moment of time
I will feel
I will feel eternity

I've lived to be
The very best
I want it all
No time for less
I've laid the plans
Now lay the chance
Here in my hands

Give me one moment in time
When I'm more than I thought I could be
When all of my dreams are a heartbeat away
And the answers are all up to me
Give me one moment in time
When I'm racing with destiny
Then in that one moment of time
I will feel
I will feel eternity

You're a winner for a lifetime
If you seize that one moment in time
Make it shine

Give me one moment in time
When I'm more than I thought I could be
When all of my dreams are a heartbeat away
And the answers are all up to me
Give me one moment in time
When I'm racing with destiny
Then in that one moment of time
I will be
I will be
I will be free
I will be
I will be free

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

The Greatest Show on Earth

Há 1 semana atrás, quando perguntada sobre o que era para si mais desafiante no superbowl, Madonna respondeu: "conceber e dar ao público "the greatest show on earth" em 12 rígidos minutos tendo apenas 5 minutos para montar o palco e 5 minutos para retirar tudo do palco".
E o que nos foi dado a ver hoje foi exatamente tudo aquilo a que se propôs: um espetáculo grandioso, inovador, de um profissionalismo ímpar e onde demonstrou estar inequívocamente em excelente forma física e muito acima de todos os outros [não refiro outras pois seria redutor...].

Um dos aspetos que sempre gostei mais nos espetáculos da Rainha da Pop ao vivo [no seu caso não se trata de um concerto mas sim de um espetáculo] foi o seu conceito, visual, coreográfico, cénico e musical e da sua presença incansável, dominadora e física e se pensarmos que em 12 minutos Madonna canta 4 musicas, tem 4 visuais e 4 cenários tal é no mínimo notável e demonstrativo de uma criatividade e empenho extremos. 

Fez playback em parte de algumas musicas poderão dizer alguns detratores; 
ora, neste caso tal é completamente secundário e indiferente.
E porquê perguntam? 
Porque quem cria e põe em cena um espetáculo desta dimensão pode dar-se ao luxo de tal fazer por estar tanta coisa e tantos membros envolvidos e onde tudo é pensado ao pormenor e onde ninguém nem nada pode falhar [em especial, como neste caso, em que a audiência é de 170 milhões e não há sound-check]. Além de que, o sucesso de madonna nunca adveio da grande voz que esta tinha ao vivo mas sim do espetáculo que que as suas live performances sempre representaram, no mais puro sentido da palavra.
E mais uma vez, a Madonna-espetáculo esteve ao seu melhor nível. Notável, única e inquestionavelmente à frente de todas as outros "rivais" da Pop.
Ou, como referia Alec Baldwin via Twitter: "com tão bons jogadores em campo e...Madonna foi a melhor".
 

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Back to Basics

Gostei bastante deste filme.
Porque é nostálgico e mágico na abordagem que faz da história do cinema (transição do mudo para o sonoro);

porque é audacioso na forma (mudo e a PB) e, por conseguinte, diferente do que nos é dado a ver desde há décadas;

porque Dujardin e Bejo estão notáveis e recriam na perfeição os "artistas" de outrora;

porque a banda sonora, a fotografia e toda a componente técnica é irrepreensível.

Reconheço que não é um filme para todos pelo acima invocado mas, para mim, amante confesso da 7ª Arte, representou um deleite para os olhos e os ouvidos e, acima de tudo, transportou-me durante praticamente duas horas numa viagem no tempo pela história do cinema - o que é de louvar e enaltecer!
Felizmente a Academia é da mesma opinião ao nomeá-lo em 10 categorias. Mais que justo, digo eu.
IMDB Ratings: 8.4/10 from 20,455 users  
Metascore: 89/100  Reviews: 203 user | 312 critic | 41 from Metacritic.com

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

M.D.N.A´s Touchdown

Mesmo não gostando por aí além da música - pela vertente teenager - reconheço que é uma música despretensiosa, divertida e bem disposta e que chegará facilmente a n.º1 mundial [como já sucedeu - poucas horas após o lançamento GMAYL é já n.º 1 em 15 países e o álbum MDNA n.º1 em...50 países!].

Já o vídeo que a acompanha está bastante bom [fazendo inúmeras referencias ao seu passado] e o conceito bastante irónico e com sentido de humor: a "jogadora" Madonna que tantos (tantas?) tentam impedir que chegue ao "jogo" [chegando inclusivamente aquela a disfarçar-se de Marilyn Monroe - para não ser reconhecida - e a ser alvo de disparos] acaba por consegui-lo - com o apoio de algumas cheerleaders [fãs?] - e faz um touchdown a final. Simples e eficaz o bastante para dar os nomes às coisas e diferencia-la das demais e onde, mais uma vez, Madonna surge a desafiar espantosamente as leis do envelhecimento! 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Looking Forward To...NBC´s SMASH

Os Recordistas dos Óscares

  • Recordista individual: Walt Disney (26) que é também o recordista individual no mesmo ano (4)
  • Atriz: Katherine Hepburn - 4 (em 12 nomeações)
  • Realizador: John Ford - 4 (em 5 nomeações)
  • Atriz com mais nomeações e Atriz com mais derrotas: Meryl Streep (17 nomeações e apenas 2 vitórias)
  • Youngest Acting Winner: Tatum O´neal (10 anos) por Lua de Papel
  • Oldest Acting Winner: Jessica Tandy (80 anos) por Miss Daisy
  • Ator (Principal) mais novo: Adrien Brody (29 anos) por O Pianista
  • Atriz (Principal) mais nova: Marlee Matlin (21 anos) por Filhos de um Deus Menor
  • Performance vencedora mais curta: Beatrice Straight (Network) - 5 minutos e 40 segundos
  • Maior número de derrotas: Kevin O´Connell (editor de som) que, em 20 nomeações ganhou...0.
  • Primeiro e único não caucasiano a vencer na categoria de melhor realizador: Ang Lee (Brokeback Mountain)
  • Primeira e única mulher a vencer na categoria de melhor realizador: Kathryn Bigelow (The Hurt Locker)
  • Recordista feminina: Edith Head - Guarda-roupa (8)
  • Filme com mais nomeações: Titanic e All About Eve (14)
  • Filme com mais óscares obtidos: Ben-Hur, Titanic e LOTR - O Regresso do Rei (que fez o pleno e detém o recorde por esse facto conjugado com o número de estatuetas conseguidas) - 11
  • Maiores derrotas: A Côr Púrpura e The Turning Point que, em 11 nomeações não obtiveram nenhuma vitória
  • Big-Five oscar winners (Filme, realizador, ator, atriz e argumento): Uma Noite Aconteceu, O Silêncio dos Inocentes e Voando Sobre um ninho de Cucos
  • Maior número de vitórias sem vencer melhor filme: Cabaret (8) [perdeu para O Padrinho]

A Fincher o que é de Fincher

Reconheço que sou fã de David Fincher e que no ano passado era um dos muitos que torceu até à última pela sua vitória nos óscares com o magnífico "A Rede Social". 
Não venceu, mas tal não lhe retirou o feito de ter realizado aquele que foi para mim o melhor filme de 2010.

E como até à data nunca me desiludiu - mesmo gostando eu mais ou menos do filme em questão a componente da realização nunca falha e deslumbra sempre - foi com alguma expetativa que fui ontem ver o seu último: "Millennium 1 - Os Homens que odeiam as Mulheres" baseado no livro de Stieg Larsson - livro este que já fora adaptado ao cinema há 2 anos atrás e que na altura alcançou considerável sucesso crítico e comercial.

E o que posso dizer sobre esta nova adaptação?
Que é uma versão que em nada acrescenta à versão sueca - por si só já relativamente bem conseguida [mas longe de extraordinária]
Que o seu argumento é definitivamente novelesco e já visto;
Que Rooney Mara está bastante bem mas ainda uns pontos abaixo de Naomi Rapace - mais convincente na sua complexa bidimensionalidade [e isto sente-se no simples facto de nos sentirmos mais ligados à segunda, mesmo sendo esta mais fria e ríspida, o que poderia jogar contra si];

Mas que, e não obstante,
A realização de Fincher é novamente estilosa e charmosamente notável;
o genérico inicial é memorável;
A componente técnica é irrepreensível.

Então onde ficamos?
Penso que a versão de Fincher agradará mais àqueles que não viram a versão sueca exatamente por, e como acima referi, não representar nenhuma mais valia significativa quando comparada; para todos os outros [que já a viram] valerá porventura como mais um excelente exemplo da arte de bem realizar e que fazem de Fincher um dos melhores cineastas da atualidade .


IMDB Ratings: 8.1/10 from 51,281 users  
Metascore: 71/100  Reviews: 330 user | 299 critic | 41 from Metacritic.com

This is HOW you do it!

Viola Davis em mais um simples e notável discurso.