Reconheço que tinha bastante curiosidade em ver o filme Drive mais não seja pela discrepância de críticas que o mesmo tem provocado entre a imprensa norte americana e a portuguesa.
Se, para a primeira, aquele era um dos filmes do ano e tinha obtido a média de 8.2/10 no IMDB e, de um modo ainda mais impressionante, 79/100 no Metacritic já por cá as classificações rondavam a uma e as duas estrelas...[exceção feita à revista Sábado que lhe tinha atríbuido 93/100].
Então e em que ficamos?
No que a mim respeita, nem uma coisa nem outra.
Ou seja, se por um lado o filme tem um protagonista ultra-cool e um ator notável na sua composição - hands down to Gosling e nomeação quase certa e merecida na próxima edição dos óscares - e uma fotografia irrepreensível já, por outro, a realização apresenta um resultado irregular no que apresenta;
pois, se na fase inicial consegue reproduzir momentos bastante impactantes e agradáveis de ser ver - também por serem a primeira vez que os vemos durante a exibição do filme - por outro, esta mesma acaba por forçar um bocado o registo que inicialmente gostamos e termina por resultar exagerada e, por vezes, no limiar do bom gosto e do (des)necessário - tivesse Winding colocado em prática o lema Less is More e o resultado teria sido manifestamente superior! Não obstante, a estatueta de melhor realizador deste ano em Cannes já ninguém lhe tira.
No demais, realço pela positiva um elenco consistente e pela negativa uma execrável banda sonora e de gosto muito duvidoso.
Em suma, Drive vale sobretudo pela notável composição de Gosling e por alguns momentos de Windig tout court - o que já é alguma coisa; mas poderia ser muito mais...
IMDB Ratings: 8.2/10 from 66,841 users
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