Penso que uma das razões pelas quais não me senti estimulado com este filme deve-se ao facto de o tema abordado já ter sido inúmeras vezes transposto quer para o pequeno quer para o grande ecrã; com efeito, nos dias que correm e passados 45 anos do lançamento do filme, a querela suscitada entre Thomas More [católico fervoroso] e Henrique VIII - que pretendia divorciar-se de Catarina de Aragão para se casar com Ana Bolena - já não é noviadade para ninguém.
Talvez se o tivesse visto no ano em questão (1966) a impressão causada tivesse sido outra...
Caso para dizer que, aqui e se outrora a questão do timing jogou a seu favor, agora o resultado é proporcionalmente o inverso.
Caso para dizer que, aqui e se outrora a questão do timing jogou a seu favor, agora o resultado é proporcionalmente o inverso.
Visual e artisticamente datado, do filme retenho e saliento apenas a interpretação de Paul Scofield que encarnou a personagem de Thomas More com ambiguidade, fervor e consistência e com a qual acabaria por vencer o óscar na categoria de Melhor Ator do ano em questão.
Além desta, o filme venceu ainda nas categorias de Filme, Realizador (Zinnemann), Fotografia, Guarda Roupa e Argumento Adaptado e ficou-se pelas nomeações nas interpretações secundárias (Robert Henry VIII Shaw e Wendy Hiller).
A Man For All Seasons / Um Homem para a Eternidade
Também nomeados: Alfie, Vêm aí os Russos, Vêm aí os Russos, Yang-tsé em Chamas e Quem tem Medo de Virginia Woolf
Devia ter ganho: Quem tem Medo de Virginia Woolf
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