quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O crescendo qualitativo do realizador Affleck

Se a primeira incursão de Affleck pelos campos da realização foi promissora, a segunda foi mais além e demonstrou ambição. Agora, e à terceira foi definitivamente de vez. Se dúvidas restassem estas foram nitidamente ultrapassadas com aquele que é, sem dúvida, o melhor filme que vi este ano.

Porque é bom do principío ao fim, não tem momentos mortos ou menos interessantes;
porque a realização é tensa e absorvente - como tinha de ser;
porque o elenco é extraordinário - com destaque para uma notável interpretação de Alan Arkin e o underacting do próprio Affleck;
porque a fotografia é do melhor que tenho visto;
porque a banda sonora é adequada e impactante;
porque o argumento é bem escrito e inteligente;
porque é tudo muito bom!
Venham os óscares!

Argo                                                        
 

sábado, 22 de setembro de 2012

Em repeat...The Killers´s Battle Born

Consistente e de audição viciante, o último álbum dos The Killers representa o regresso à velha boa forma depois de um desinspirado Day & Age.

Penso, inclusivamente, que não há uma única música da qual não goste.

Recomendo e deixo-vos com o single de avanço: Runaways


quarta-feira, 27 de junho de 2012

Madonna em Coimbra: o state of the art dos espetáculos ao vivo

Muito já li sobre o concerto de Madonna em Coimbra no passado domingo mas penso que a crítica que melhor o define foi a que referia que "foi um espetáculo para ver de queixo caído" - e se foi!


Tendo já visto 4 concertos da rainha da pop [a começar com a Blond Ambition Tour e acabando em Sticky & Sweat, e lamentavelmente falhando a até agora melhor para mim Confessions Tour] este foi provavelmente aquele de que mais gostei e é, em 1ª análise, o melhor espetáculo que vi ao vivo.

Quando pensavamos que já nada nos podia surpreender eis que aquele nos veio demonstrar que estavamos errados.
MDNA tour é esmagador na grandiosidade e na perfeição técnico-artística, no bom gosto [nada é piroso ou de gosto duvidoso] e, acima de tudo, no conceito [da própria Madonna].

Nele tudo foi perfeito: da encenação às coreografias, da iluminação ao guardaroupa, dos bailarinos ao palco...tudo, mas mesmo tudo foi pensado e executado para o tornar inesquecível. 

Definitivamente Madonna só há uma e não se é intitulada rainha ao acaso; com MDNA a artista demonstrou porque é incomparável no que a espetaculos ao vivo respeita.
Aqui não se fala de concerto mas sim de performance show, de espetáculo, não se fala de cantora mas sim de artista porque mais do que a musica o que Madonna representa é o state of the art dos espetaculos ao vivo, das imagens, das danças e, também, das músicas - e nisso é única. 

Caso contrário, se fosse apenas uma questão de se rodear das pessoas certas e de ter dinheiro para tal, porque não há mais Madonnas? Muitas têm dinheiro para tal mas falta-lhes o essencial e que a artista tem: visão, inteligência e dedicação.
Notável.

Another Great Mashup/Video from Skouteris/Panos T.

domingo, 29 de abril de 2012

Songs-I-Like LVI: Pumped Up Kicks (Foster the People)



All the other kids with the pumped up kicks
You'd better run, better run, outrun my gun
All the other kids with the pumped up kicks
You'd better run, better run, faster than my bullet
All the other kids with the pumped up kicks
You'd better run, better run, outrun my gun
All the other kids with the pumped up kicks
You'd better run, better run, faster than my bullet

Letra completa

E já agora um excelente remix de Gigamesh:

Songs-I-Like LV: We Are Young (Fun ft Janelle Monáe)

Give me a second I
I need to get my story straight
My friends are in the bathroom
getting higher than the empire state my lover she is waiting for me
just across the bar
My seat's been taken by some sunglasses
asking 'bout a scar
and I know I gave it to you months ago
I know you're trying to forget
but between the drinks and subtle things
the holes in my apologies
you know I'm trying hard to take it back
so if by the time the bar closes
and you feel like falling down
I'll carry you home

Tonight
We are young
So let's set the world on fire
We can burn brighter
than the sun
Now I know that I'm not
all that you got
I guess that I
I just thought maybe we could find a ways to fall apart
But our friends are back
So let's raise a toast
Cause I found someone to carry me home

Tonight
We are young
So let's the set the world on fire
we can burn brighter
than the sun

Carry me home tonight
Just carry me home tonight
Carry me home tonight
Just carry me home tonight

The moon is on my side
I have no reason to run
So will someone come and carry me home tonight
The angels never arrived
but I can hear the choir
so will someone come and carry me home

Tonight (...)

So if by the time the bar closes
and you feel like falling down
I'll carry you home tonight

sábado, 14 de abril de 2012

Global Track Chart - Top5

2 / 1
week 18
Somebody That I Used To Know - Gotye feat. Kimbra platina.gif
Vertigo / Universal - 395.000 - 6 weeks at No.1
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3 / 2
week 9
We Are Young - Fun. feat. Janelle Monáe platina.gif
Fueled By Ramen - 349.000
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5 / 5
week 8
Starships - Nicki Minaj
Cash Money / Universal Motown - 303.000
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8 / 14
week 6
Call Me Maybe - Carly Rae Jepsen
Interscope - 298.000 - Largest Points Increase
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4 / 3
week 11
Wild Ones - Flo Rida feat. Sia platina.gif
Atlantic - 293.000
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sábado, 7 de abril de 2012

Piroso e infantil? Definitivamente.

As expetativas eram neutras...ou não estivesse este filme a ser considerado como o eventual substituto das sagas Harry Potter e Twilight no que ao público alvo respeitava - ou seja, adolescente.

Dos filmes do feiticeiro nunca fui grande fã - não obstante por uma ou duas vezes até ter achado alguma graça - quanto aos dos vampiros sempre os considerei um atentado artístico e intelectual, cinematograficamente falando.

E o que dizer então de Os Jogos da Fome?

Que está no meio termo...ou seja, não tão inovador e eventualmente atrativo para as massas adolescentes como Harry Potter mas uns furos acima de Twilight. Mas não tantos assim...
Dito de outro modo, o conceito é engraçado e as cenas passadas no 12.º distrito até estão envolventes mas em tudo o mais [ou seja dos 45m para a frente aproximadamente] é muito fraco e de gosto no mínimo duvidoso - para ser simpático.

Em termos visuais é assustadoramente piroso [a população da capital é do pior que tenho visto numa versão futurista da corte francesa do seculo XVIII], o argumento e as falas são de uma inteligência débil e infantil ideal para qualquer mentecapto que se preze e a previsibilidade é a regra - até os ditos "jogos" são pouco imaginativos e de todo empolgantes.

Em suma, mais um exemplo notório de não coincidência entre a qualidade técnico-artística e o box-office - sim, porque the Hunger Games já fez mais de 380 milhões ao nível mundial e em apenas duas semanas...!
A evitar.

The Hunger Games / Os Jogos da Fome

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Definitivamente improvável...

Sinceramente pensei que iria gostar deste filme e não é que...não gostei?...

Concretizando, e ironicamente como o título em português expressamente refere, considerei a amizade estabelecida entre os protagonistas como efetivamente improvável, porque não credível e artificiosa.
Cluzet ainda se safa, já Omar Sy não me convenceu, mesmo.

A acrescer temos ainda personagens e situações estereotipadas que em nada ajudaram à festa e à seriedade "da coisa".

Talvez fosse do meu estado de espírito; ou talvez não.
O facto é que ficou muito aquém das minhas expetativas e acho que não lhe irei dar uma segunda oportunidade no futuro.
Dispensável.

Intouchables / Amigos Improváveis

Resultado sondagem: e o melhor álbum de Madonna é...

1.º Ray of Light (1998)
A primeira colaboração de Madonna com William Orbit resultou naquele que é, para os leitores do OC, o seu álbum mais bem conseguido - Ray of Light somou 33% dos votos expressos. 

Algumas considerações:

1. É considerado pela Rolling Stone como um dos 500 melhores álbuns de sempre;
2. Foi nomeado para 6 Grammys e venceu 4 - incluindo melhor álbum de Dance/EDM;
3. Teve uma média de 4.5/5 na crítica internacional;
4. Vendeu mais de 20 milhões ao nível mundial;
5. Deu origem à digressão "Drowned World Tour" 

2.º (ex-aequo) American Life (2003) 
 Like a Prayer (1989) (17%)
3.º Conf. on a Dance Floor (2005) (15%)
4.º MDNA (2012) (10%)
5.º (ex-aequo) Music (2000) (2%)
Erotica (1992)
Hard Candy (2008)


Great Soundtracks XV: Game of Thrones (Ramin Djawadi)

Great Intro´s III: Game Of Thrones

Música de Ramin Djawadi.

sábado, 31 de março de 2012

Madonna ultrapassa Elvis no Top Britânico

...ao atingir com o seu último álbum MDNA pela 12.º vez o topo da tabela.
À sua frente só mesmo os Beatles conseguiram tal feito por 15 vezes.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Adele ultrapassa Pink Floyd no Uk-All-Time-Best-Selling-Albums

Mais um recorde para a cantora inglesa..."21" ultrapassou "Dark Side of the Moon" dos Pink Floyd e é já o 7.º álbum mais vendido de sempre no RU.
Apostas em como não vai ficar por aqui?

Eis o Top 10:

1 - Greatest Hits - Queen - 5,864,000 copies sold.
2 - Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band - The Beatles - 5,045,000
3 - Gold: Greatest Hits - ABBA - 4,992,000
4 - (What's The Story) Morning Glory? - Oasis - 4,520,000
5 - Thriller - Michael Jackson - 4,272,000
6 - Brothers In Arms - Dire Straits - 4,154,000
7 - 21 - Adele - 4,142,000
8 - The Dark Side Of The Moon - Pink Floyd - 4,116,000
9 - Bad - Michael Jackson - 3,960,000
10 - Greatest Hits II - Queen - 3,888,000

Fonte: The Official Charts Company

domingo, 25 de março de 2012

Box-Office-USA: The Hunger Games consegue 3.ª melhor estreia de sempre

1 The Hunger Games - Os Jogos da Fome (2012) $155M $155M 1
2 21 Jump Street (2012) $21.3M $71.1M 2
3 Lorax (2012) $13.1M $177M 4
4 John Carter (2012) $5.01M $62.3M 3
5 Act of Valor (2012) $2.06M $65.9M 5
6 Project X - Fora de Controlo (2012) $1.95M $51.8M 4
7 A Thousand Words (2012) $1.93M $14.9M 3
8 October Baby (2011) $1.72M $1.72M 1
9 Detenção de Risco (2012) $1.39M $123M 7
10 Viagem ao Centro da Terra 2: A Ilha Misteriosa (2012) $1.37M $97.2M 7

sexta-feira, 23 de março de 2012

Great Videos XIII: Girl Gone Wild (Madonna/Mert and Marcus)

Realizado pelos fotógrafos de moda Mert and Marcus - pioneiros na manipulação digital de imagens - que tinham trabalhado previamente com a cantora num ensaio fotográfico para a revista Interview e responsáveis também pela art-work de MDNA.

[Don´t] Rock the Ballet

"Trinta e dois euros para ver isto" questionava eu à medida que assistia ao espetáculo...a questão é que o ponto de partida concetual tinha-me agradado em primeira análise: porque não um espetáculo de "ballet" que tivesse por banda sonora música rock? Ousado e inovador? Sem dúvida. Mas também por isso empolgante, achava eu... 

Pois...devia ter-me ficado pela suposição.

Rock the Ballet é pobre a todos os níveis: da conceção desinspirada e pouco criativa à estática iluminação [do pior que vi até hoje], passando pelo  irregular corpo de bailarinos  e sem esquecer - sim, sem esquecer - os videos deslocados e paupérrimos que teimavam em distrair pela negativa.

Tivessem optado por uma melhor seleção musical [fazendo parecer por momentos um qualquer Michael Jackson Show], por um jogo de luzes inspirador e envolvente e pela exclusão do videowall e talvez - talvez... - o resultado fosse ligeiramente superior.
Infelizmente tal não sucedeu.
A evitar!

Rock the Ballet (Auditório dos Oceanos) -

MDNA: the best that pop gets

Questão prévia: não sabia bem o que esperar do novo álbum de Madonna...o seu último longa duração - Hard Candy - tinha-me desiludido bastante e era, até à data, o pior da respetiva carreira; o mesmo achei do 1.º single de MDNA (Give me all your luvin´) pelo que os receios eram elevados -"estará com uma crise de mais idade e desinspirada'" cheguei a questionar.
Questão intermédia: até que começaram a surgir as primeiras críticas a MDNA e aí o caso mudou de figura - não é que a unanimidade dos críticas o estavam a ovacionar?
"Brilhantemente descontrolado" escrevia o The Guardian; para a Billboard  com MDNA Madonna ainda mostrava "ao mundo como o pop deve ser feito. MDNA é uma coleção de boas e poderosas canções pop algumas delas feitas com brilhantismo. Madonna ainda é muito a rainha do pop.”;  até o conservador The Times dizia na sua crítica que "Madonna retorna com sucesso com o que faz de melhor: um disco cheio de energia, emocionante e deixa a mensagem bem clara: só pode existir uma rainha do pop. E Madonna bate em suas rivais." - e os exemplos sucederam-se... 

Resultado: a expetativa aumentou substancialmente.

E então em que ficamos?

Questão Principal: MDNA é definitivamente muito bom! 
E porquê perguntam?
Porque tem momentos de puro brilhantismo criativo (Gang Bang, Love Spent e até certo ponto I´m Addicted);
porque tem momentos puramente pop, comerciais e dirigidos ao grande público mas consistentes, "orelhudos" e despretensiosos (Turn up the Radio e Girl Gone Wild); 
porque tem baladas bem construídas e emotivas (Falling Free);
porque representa os dois lados de uma mesma realidade - luminoso e escuro em contraponto mas consideravelmente coerente [o que é difícil atendendo à quantidade de produtores envolvidos];
porque é totalmente autobiográfico no que a relações amorosas respeita e a persona Madonna desmascara-se e dá lugar à mulher, à ex-mulher e à mãe;
porque consegue surpreender em algumas faixas - o que é desde logo de louvar nos tempos que correm!

Em suma, MDNA é um notável álbum pop e onde temos um bocadinho de todas as "caras" que a camaleónica Madonna incorporou ao longo dos 30 anos de carreira. O que é muito!

O que mudava em MDNA? [sim porque não há bela sem senão...]
Em algumas faixas preferia que a voz de Madonna estivesse menos trabalhada e "robotizada" e que a opção tivesse sido por um timbre mais cristalino e límpido (que Orbit tão bem usou em Ray of Light).
Mas, no fundo, tal acaba por desvanecer e perder importancia perante o regozijante resultado atingido.
Venham os Grammys!

O Melhor: Love Spent e Gang Bang
O Pior: Give me all your Luvin´, I Fucked Up e Best Friend.
Vai ser Single: Turn up the Radio
Queria que fosse Single: Love Spent

Madonna - MDNA (8/10)
Nota: sondagem para eleger o melhor álbum de Madonna no canto superior direito.

terça-feira, 20 de março de 2012

domingo, 18 de março de 2012

Sondagem: Qual o melhor álbum de Madonna?



Com o lançamento do 12.º álbum - MDNA - previsto para o próximo dia 26 cumpre decidir: qual o melhor álbum [de originais] de Madonna?

Vota no local habitual (canto superior direito).

Resultado sondagem OC: e o melhor filme de David Fincher é...


1.º Seven (55%)
2.º Fight Club (33%)
3.º The Social Network (22%)
4.º The Game (ex-aequo) Alien 3 (11%)

Nota: percentagem superior a 100% porque possivel o voto em mais que uma resposta.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Lamechices à parte...

Por muito lamechas que os filmes de Spielberg possam muitas vezes ser - que o são - um aspeto é inquestionável: são sempre muito bem realizados e conduzidos musicalmente! 

War Horse / Cavalo de Guerra não é exceção - lamechas até mais não mas espantosamente bem realizado e, por isso, muito agradável de ver. 

Com interpretações consistentes do elenco em geral, uma agradável fotografia e planos "de postal", o mago conta-nos uma história durante 2H25 - acompanhada por uma bandasonora emotiva e clássica de John Williams - e nem damos pelo tempo passar...o que é desde logo um bom sinal. 

Sim, pode ser encarado como Spielberg versão Disney e ideal para um domingo à tarde mas não é por isso que deixa de ser um bom filme e realizado com a mestria de poucos. Eu gostei.

War Horse / Cavalo de Guerra

A descobrir...Woodkid

segunda-feira, 12 de março de 2012

Great Commercials: PT (4G)

[mais] Palavras para quê? Perfeito!

Great Commercials: Calzedonia

Estiloso, elegante, charmoso e sem descurar o produto o pretende publicitar.
Muito bom!

Os reféns do sexo e a masturbação estéril da solidão

"Shame" é muito mais que um filme sobre a "Vergonha" de um instinto incontrolável que domina e consome o livre arbítrio e a autodeterminação. 

É, acima de tudo, um filme sobre a solidão daqueles que, incapazes de resistir ao seu mais primitivo instinto sexual permanecem numa constante masturbação estéril porque dele nunca logram obter a satisfação plena que permite a acalmia do espírito... e, nesse sentido, se tornam seus reféns, isolados do mundo e fechados em si mesmos. 

O universo de Shame é pois povoado por personagens desprovidos de sentimentos, de emoções [mercê de abusos passados, mercê da propria natureza...] e pleno de vazio, inquietude e, acima de tudo, triste...muito triste. 
Porque, no fundo, o seu herói almeja os afetos, simplesmente a sua natureza não o permite... 

Com uma performance de Fassbender de uma complexidade monumental - inquestionavelmente a melhor do ano passado - e uma realização notável de McQueen, o sentimento que provoca no espetador não é de "Vergonha" mas sim de tristeza, muita tristeza pela solidão incomensurável do seu protagonista.