Perversa, sexual, carnal, sanguinaria e demais adjectivos afins que podemos eventualmente associar aos vampiros e ao seu universo viciante.
Já tinha falado nela aqui mas nunca é demais relembrar que se trata de uma das melhores séries da actualidade e a milhas de distancia de todos os produtos similares que actualmente são exibidos.
A música deste Verão - a par de... "All the Lovers" de Kylie Minogue que, mesmo soando a feira popular é definitivamente orelhuda...
O video - libertador, como a música!
Não vos apetecia estar ali?
Clássico dos anos oitenta "África Minha" venceu sete óscares da Academia, incluindo Filme, Realizador, Banda Sonora, Fotografia, Direcção Artistica, Som e Argumento Adaptado.
Retrata parte da vida da escritora dinamarquesa Karen Blixen - interpretada por Streep - e a sua epopeia à frente de uma fazenda no Quénia [quem não se lembra da frase "i had a farm in Africa"?] para onde vai em 1913 e onde os costumes, maneira de pensar e filosofia de vida são antagónicos, de sobremaneira, àqueles caracaterísticos da sua terra natal e com os quais esta não se identifica.
Retrata a procura por esta de um objectivo de vida, de um "marcar pela diferença" de alguém muito à frente do seu tempo.
Fala-nos também da sua relação com o seu marido - interpretado por Klaus Maria Brandeauer e com o qual se casa por conveniência - e com Denys Finch [interpretado por Robert Redford] , por quem verdadeiramente se apaixona e da necessidade premente deste em se manter livre ["como Africa"] contrariando a necessidade de posse daquela.
Vinte cinco anos depois da sua estreia qual a impressão que me causou?
É inegável que é um bom filme ao nível técnico e com momentos grandiosos - o voo de avioneta com vista para os flamingos continua a ser um dos mais bonitos da historia do cinema - penso no entanto que o fulgor diminuiu com o passar dos anos.
Streep está inegavelmente bem - quando não está? - mas falta a Redford no entanto alguma garra e carisma que permita acender a chama entre os dois...e quando um filme se apresenta como uma das "mais belas histórias de amor" de todos os tempos e a chama teima em não acender então temos um problema...
Não obstante, continua a ser um filme "bonito" de se ver e onde destaco como pontos mais altos a excelente banda sonora de John Barry e a já referida Meryl Streep.
O Blu-Ray
Video: 3.0/5.0 - lamentavelmente a edição em BR não faz justiça à memória fulgurante das imagens que dele tinhamos, funcionando bem nos planos fechados mas deixando muito a desejar nos abertos...ou muito me engano ou o filme não foi sujeito sequer a nenhum tratamento especial de vídeo para esta edição - o que é de lamentar.
Audio: 3.5/5.0 - uns pontos acima do vídeo mas longe de fazer justiça à extraordinária BS de John Barry]
Extras: A destacar o documentário - "A Song of Africa"(5.0/5.0) - obra extremamente interessante e fascinante (72 min) sobre a vida e obra de Blixen, narrada por uma excelente voz-off que reproduz excertos das memorias daquela, acompanhada por entrevistas a todo o elenco [com destaque para Streep, que acompanha toda a sua duração], imagens reais de Blixen e "em rodagem" e que nos permite conhecer melhor a pessoa por trás da escritora-personagem.
Dificilmente poderia ser melhor!
" I know a song about Africa, but does Africa know a Song about me?" pergunta...
Mais do que a preocupação com a reconstituição de factos históricos - que poderiam ir exaustivamente para a dicotomia catolicismo vs protestantismo - "Elizabeth" é um filme sobre a formação de uma personalidade.
No caso em apreço, da Rainha Isabel I de Inglaterra, filha de Henrique VIII e Ana Bolena.
Procura perceber a razão que levou à denominação da monarca como a "Rainha Virgem" e tem o seu término exactamente com o "nascimento" desta "personagem" e com o ínicio do seu extenso reinado de 44 anos e que viria a ser denominado por "a Era de Ouro" do império británico [e que funcionou exactamente como ponto de partida para a sequela].
Como objecto cinematográfico é, definitivamente, muito bom a todos os níveis - destaque seja feito no entanto para a interpretação portentosa de Blanchett e que marcou o início da internacionalização desta grande actriz, a melhor da respectiva geração, em meu entender.
De negativo, pouco, ou quase nada, há a apontar. Se o tivesse de fazer penso que só assinalaria o erro de casting na escolha de um pouco carismático Joseph Phiennes como interesse amoroso da protagonista.
O Blu-Ray: Video - 4/5; Audio - 4/5; Extras - 1/5 - um pobre making of de 00H26 que pouco acrescenta e que é constituido apenas por entrevistas e cenas do filme; uma featurette que mais parece um fraco trailler de 00H06; faltam p.e. extras relativas à rodagem, guarda-roupa, banda sonora e.o.. Em suma, extras totalmente dispensáveis.
A música não é nada de extraordinário e soa a feira popular mas não é disso que se fala aqui e agora.
Fala-se pura e simplesmente de celebrar a vida, o amor e a paixão livres.
O "pequeno Grande video" de que vos falo, tal como o tema que o inspira, é do mais simples que há e demonstra e confirma novamente a máxima e verdade universal que diz que, definitivamente e na maioria das vezes, "less is more"!
O grupo voltou ao terreno onde são francamente melhores, onde conseguem marcar pela diferença e onde a voz de Matt Berninger soa melhor que nunca!
Aquele onde as músicas são mais calmas e envolventes, entrando subrepticiamente no dominio do vicio e da paixão salutares.
E a proeza é que conseguem fazê-lo do principio ao fim do álbum, sem clivagens descendentes nem outras distrações que sirvam apenas para aumentar a setlist e que permitam, deste modo, a constituição de um todo a oferecer.
Aqui, e cinematograficamente falando, fala-se apenas da categoria de actor principal, não havendo lugar para os secundários.
Tudo é Muuuiiito Bom - e é assim que se faz um Grande Disco!
10. Paul Newman - "Hollywood Legend"
9. Princesa Diana - "the people´s princess"
8. The Beatles
7. Oprah Winfrey - "world´s most powerful woman"
6. Muhammad Ali - simply "the greatest"
5. Michael Jackson - "the thriller´s gone"
4. Marilyn Monroe - "the original Bombshell"
3. Frank Sinatra - "the epitome of cool"
"A Mulher do Viajante no Tempo" [tradução literal] é um filme simpático, que se vê bem e que consegue manter o interesse do espectador durante a sua duração.
Não é, nem de perto nem de longe uma obra-prima - nem apresenta pretensões para tal.
Mas entretem.
A temática deduz-se facilmente do título.
A realização e as interpretações - em especial de Rachel McAdams - são consistentes.
Pouco há mais a dizer podendo apenas acrescentar a título conclusivo, que é um filme "limpinho" - o que já não é mau nos tempos que correm - e que o livro no qual se baseia deve ser bastante mais bem conseguido e complexo.
...como a estatueta entregue a Scarlett Johansson para Melhor Actriz na sua estreia na Broadway.
Sinceramente nunca dei muito pelos dotes interpretativos da menina mas quem sabe funciona melhor em cima de um palco...
Entre os vencedores incluem-se outros actores mais conhecidos do grande ecrã como Denzel Washington ou Catherine Zeta Jones e a consagração de "Red" e "Memphis" como as melhores peças do ano.
A lista completa dos vencedores aqui e o artigo da EFE aqui.
Fui ontem ver "O Sexo e a Cidade 2" e diverti-me imenso!
É o típico filme de verão e um óptimo antidoto anti-crise.
Consegue entreter durante 2H30 [o que não é nada fácil...] e é sempre uma oportunidade para rever quatro personagens com carisma e às quais já nos habituamos.
Aviso: Não estejam à espera de um grande argumento - mas, afinal, quem vai ver este filme à espera de pretensões filosóficas? Só mesmo os críticos ou quem nunca viu a série...
É pura e simplesmente, como diz um amigo meu, um episódio gigante daquela.
Eu gostei e... venha a terceira parte!
Melhores momentos: o revivalismo 80´s e o casamento gay e.o.
Aproximadamente 02H30 de puro entretenimento inteligente, extremamente bem idealizado, escrito e realizado (Phillip Dick e Spielberg são definitivamente dois dos melhores entre os melhores) e efeitos especiais que permanecem na crista da onda e com uma actualidade impressionante. Penso que é dificil fazer melhor.
Já para não falar da componente cénica que faz dele um dos filmes de FC mais estilosos de que há memória e com incontáveis pormenores!
Minority Report é definitivamente um dos melhores Future Film Noir da história do cinema e cujo novo visionamente recomendo vivamente!
De salientar ainda os extras da edição em Blu-ray [quando me apercebi já estava a vê-los há 01H30...] onde destaco uma entrevista interessantissima com Spielberg e que nos permite vislumbrar o génio do cineasta. Notável!
O Blu-Ray: Video - 4.5/5; Audio - 5/5; Extras - 4/5