Que noite, que concerto, que voz, que presença!
Fiquei completamente rendido a Ms. Keys!
A voz é muito melhor do que se pensa e do que se ouve em estúdio; a presença estupidamente quente, sensual e simpática e com uma movimentação em palco irrepreensível.
Enfim, vitória incontestada por KO.
Momentos [mais] altos: "No One", "Pray for Forgiveness", "If I ain´t got you" e "Empire State of Mind" e.o.
Transcrevo critica do BLitz:
"Em 2004 deu um dos concertos mais seguros do Rock in Rio Lisboa, em 2008 assinou um concerto morno na sala a que hoje regressou para mostrar que está mais crescida, que sabe bem aquilo que faz e que tem capacidades (vocais e empáticas) acima da média. Alicia Keys encetou a digressão europeia em território nacional e trouxe a sua pop carregada de alma novamente até Lisboa. A avaliar especialmente pelos momentos finais do espectáculo, deixou os lisboetas - que encheram o Pavilhão Atlântico - completamente arrebatados.
A ponte Nova Iorque - Lisboa começou pouco depois das 21h00, quando as luzes da sala ribeirinha se apagaram e a cantora surgiu, enjaulada, para momentos mais tarde (já fora da jaula) jogar de seguida dois trunfos que cedo agarraram o público: a agitação de "You Don't Know My Name" e o coração em chamas de "Fallin'", tema que a apresentou ao mundo em 2001. Numa outra cartada inesperada, "Another Way to Die", tema que gravou com Jack White para a banda-sonora do mais recente filme de James Bond, marcou uma viragem rockeira e serviu para mostrar que a banda que a acompanha não brinca em serviço.
Passeando-se entre os teclados e coreografias partilhadas com o bailarino que a acompanha, Keys abandonou-se por vezes a alguns excessos vocais sorvidos avidamente pelos fãs, mas quando finalmente se sentou ao piano para a belíssima balada "Pray for Forgiveness" já ninguém teria dúvidas que, por muito bem que a lição esteja estudada, a voz lhe sai directa da alma, sem quaisquer peneiras. "Like You'll Never See Me Again" mantém-na ao piano (colocado estrategicamente numa plataforma giratória no centro do palco) e marca mais um dos pontos altos da actuação.
Deitada sedutoramente em cima do piano, serve "Wait Til You See My Smile", do mais recente The Element of Freedom , e salta depois directamente para o agitado, e muito aplaudido, "Put It in a Love Song", futuro single no qual partilha vocalizações com Beyoncé (na falta da colega, Keys divertiu-se mais uma vez em coreografias com o bailarino). O pequeno intervalo que se seguiu, aproveitado pela cantora para mudar de roupa, foi preenchido (e que bem preenchido foi) por uma versão de "Feeling Good", tema celebrizado por Nina Simone, aqui na voz de uma "menina do coro" que não fica em nada atrás da sua mentora.
Envergando um longo vestido branco, Alicia Keys regressa então para a sequência vencedora do concerto. Começou com o menosprezado single "Try Sleeping with a Broken Heart" (tornou-se facilmente um dos melhores momentos de todo o espectáculo), seguiu com "Woman", o hino dedicado a todas as mulheres da plateia que devolveram a dedicatória com um coro acalorado, passou depois para o velhinho "If I Ain't Got You" e "Doesn't Mean Anything", que deixou o público em ponto de rebuçado.
O grande final chegaria com um "No One" cantado a plenos pulmões por um Pavilhão Atlântico em pé e aos pulos e, já em encore, a cereja no topo do bolo chegava com "Empire State of Mind (Part II) Broken Down", um dos mais recentes triunfos de Keys, que na versão original partilha uma dedicatória a Nova Iorque com o amigo Jay-Z. Esta noite, "Empire State of Mind" foi dedicada a Lisboa e o público rendeu-se bem rendido."
Não poderia concordar mais!
Alicia Keys no PA 16.5/20 (só não dou mais por ter sido no Pavilhao Atlantico...)